Felismena Pinto




Em 2006 retorno ao documentário. Ao rever a entrevista de Diamantina, sinto que lhe devo qualquer coisa.

Começo pela escola. Pelo nome da escola. EB 2-3 Prof.ª Diamantina Negrão. É a forma de Felismena Pinto recordar a grande pedagoga todos os dias.

A escola tinha por designação ”a número três de Albufeira”. Como números são coisas impessoais, era urgente encontrar um vulto de referência. Para a directora da escola, Diamantina Negrão afigurava-se como o melhor patrono, pois foi a primeira pessoa que se interessou pela continuação dos estudos das crianças de Albufeira.

Segundo Felismena Pinto, quando Diamantina informou o Bispo que pretendia abrir um colégio para meninos e meninas pobres no local do extinto convento, ouviu como resposta: “às meninas não se ensina a ler e a escrever, ensina-se costura”.

Mais de meio século depois, o ensino homenageia a mulher que soube enfrentar as autoridades em prol do conhecimento, através da designação da escola e de outras actividades, como a peça de teatro “Bossy: A Física e Química de Deus”, escrita e encenada por Luísa Monteiro e interpretada por professores da EB 2-3 Prof.ª Diamantina Negrão.

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