Luísa Monteiro






Em 2002, a escritora Luísa Monteiro leva à cena uma peça sobre Diamantina Negrão, intitulada “Bossy – A Física e Química de Deus” e interpretada por um grupo de professores da Escola EB 2-3 Prof.ª Diamantina Negrão. A peça retrata a vida de Diamantina, com especial enfoque nos finais da década de 40, em que Diamantina viveu no Convento da Orada, fundado por si.

Quando a entrevistei, Luísa Monteiro relatou pormenorizadamente o percurso de Diamantina Negrão, desde a sua dolorosa infância, passando pelas dificuldades no convento, pela prisão, pelas aventuras fora do país, até à sua morte solitária num hospital. Também lhe traçou o perfil, com tanta precisão como se fossem amigas há muitos anos, apesar de nunca se terem conhecido. Aliás, no dia em que Luísa Monteiro decidiu telefonar a Diamantina, ela tinha acabado de falecer.

Para Luísa Monteiro, Diamantina é uma mulher apaixonante, “uma mulher a quem o tempo e o espaço em que viveu não serviram para o seu desassossego místico e intelectual.” Uma mulher viajada, com ideias novas, muito diferente da população de Albufeira daquela época. Quando tinha conflitos por resolver, Diamantina regressava a eles. Por isso, o regresso a Albufeira foi uma espécie de auto-crucificação. “Viver foi uma espécie de morte”.

Querida Luísa, esperamos ansiosamente pela publicação da biografia de Diamantina Negrão.

Ficcionada?

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